A Casa dos Varais está construída no sopé de um monte, oferecendo uma paisagem
sobre o Vale do Douro com os seus típicos terraços cobertos de vinhas, onde se
produz o Vinho do Porto. O presente edifício data dos princípios do século
XVIII, embora a construção original se pense remontar ao século XV, ou mesmo a
data anterior.
Antigamente, a casa pertenceu à nobre família Coutinho, Lorde
de Lamego e Penedono, mas, posteriormente e durante vários anos, a Casa dos
Varais foi habitada pelos monges Salzedas, que obtiveram permissão para lá
permanecerem indefinidamente. No entanto, em 1753, a casa foi devolvida à
família quando Alexandre Luis de Sousa Coutinho - Governador Militar de Armamar
- decidiu cancelar a permissão, pois pretendia habitar na casa com a sua
família.
A habitação tomou-se igualmente conhecida pela sua turbulenta
história, quando foi invadida pelas tropas napoleónicas comandadas pelo general
Loison, assim como pelo facto de ter sido completamente destruída por um
incêndio em 1940, acabando por ser necessário reconstrui-la, embora mantendo as
linhas arquitectónicas originais.
A Casa dos Varais está relacionada com
várias famílias nobres, entre elas os Castro, Vilhena e Pinto da Fonseca. Dali
conheceram-se cavaleiros e embaixadores nas colónias portuguesas, assim como
governadores da Índia, de Ceilão e Malaca.
A presente proprietária da Casa
dos Varais é D. Lúcia de Castro Girão. A habitação foi recuperada em 1981,
preservando a sua antiga traça, assim como o seu interior. As salas de estar
possuem lareiras para as noites frias de Inverno mas, no Verão, o que dá gosto é
usufruir das sombras do jardim, dos passeios a pé pela quinta ou optar por andar
de barco no rio que corre calmamente aos pés da casa. Pintada a rosa-vivo,
possui um terraço sobre o rio Douro e insere-se numa propriedade onde se
produzido Vinho do Porto.
RNET n.º 4003 - Turismo de Habitação