Sobranceira às Termas de São Pedro do Sul, a Casa do Condado de Beirós
interioriza o melhor espírito da arquitectura beirã, envolta em belos jardins e
criada numa estrutura quase conventual.
As dimensões generosas emolduram um
claustro rodeado de dez bonitos quartos e de magníficos salões onde cada recanto
é um lugar de conforto.
Reza a história, que António Tristão Correia de
Lacerda Souza e Alvim, 1º Conde e 1º Visconde de Beirós, "era descendente de uma
das famílias portuguesas de mais antiga nobreza e aparentado com os
representantes da nossa mais luzida fidalguia".
Os livros também dizem que o
Conde era de aparência alegre, prazenteira e jovial.
Os seus modos
despreocupados e outras qualidades, a todos arrastava ao seu convívio. Entre
eles, as maiores personalidades do seu tempo, a alta aristocracia e uma
particular relação de amizade com a família real portuguesa. Herdeiro de uma
imensa fortuna morreu em 1917 sem herdeiros directos.
No final do século XX,
o solar foi recuperado, mantendo a traça original, e é hoje utilizado para
turismo de habitação, com museu, salas de exposições e outras actividades
culturais.
Da
piscina, o olhar perde-se nostálgico sobre o vale do Vouga e as serras de
vegetação verdejante e fresca, onde as possibilidades de passeios e descobertas
são inúmeras: arte rupestre, antas e dólmenes, castros, termas e vias romanas,
torres medievais, solares e igrejas.
O circuito florestal da Penoita, a
reserva botânica de Cambarinho e os percursos pela deslumbrante serra da Arada,
com as suas típicas, aldeias serranas.
Algumas curiosidades esperam o
visitante. Por um lado, o facto simpático de ter sido aqui rodado em 1944, o
filme português José do Telhado, com Virgílio Teixeira como protagonista.
Mais fora do comum, é certamente o museu com um acervo de automóveis antigos
com alguns exemplares particularmente interessantes.
RNET n.º 5849 - Turismo de Habitação