A curta distância de Guimarães, a Casa de Sezim ergue-se, imponente, no meio de
mimosas e acácias. Passado o portão, o tempo pára e o visitante mergulha nas
brumas de outras eras, misturando-se a arte de bem receber e a história de uma
família com o conforto e o prazer de saborear a paz do campo.
António Pinto
de Mesquita, em 1979, deixou de exercer funções como embaixador, reformando-se
da diplomacia. Quando recebeu esta casa como herança, desafiou a sua mulher,
Maria Francisca, a ocupar-se de Sezim, caso tivesse vontade disso, enquanto ele
pensava reabrir o seu escritório de advogado no Porto.
A família acabou por
decidir reestruturar toda a quinta. Desenvolveu-se a exploração agrícola, cuja
base é o vinho, e, obedecendo à orientação da CE, pôs-se termo à vacaria e
substituiu-se o milho nos lameiros por nogueiras e castanheiras, arranjando
novos equipamentos, tractores e maquinaria moderna para a vinificação.
Chegou uma altura em que os proprietários tiveram de pensar no que fazer com
a casa, que era muito grande. Nessa época, a ideia do turismo de habitação
começava a despontar e os donos da casa decidiram apostar num serviço de
qualidade. A sala de estar foi recuperada e as antigas cavalariças foram
reconvertidas em sala de jogos. O andar de cima, por sua vez, passou a albergar
os vários quartos.
O turismo de habitação acabou por ser uma solução
excelente. António e Francisca Pinto de Mesquita são perfeitos e simpáticos
anfitriões que consideram o turismo de habitação um turismo afectivo e recebem
as visitas com um espírito acolhedor e curioso, o que, juntamente com o conforto
e a beleza da casa, transformam num verdadeiro prazer uma estadia na Casa de
Sezim.
RNET n.º 1149 - Turismo de Habitação